sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Intimidade

Eu não tenho intimidade com muitas pessoas. Aliás, tenho com pouquíssimas. E o grau de intimidade que eu tenho com as pessoas varia muito. É bom ter em quem confiar, poder falar sobre as coisas que incomodam ou que te fazem feliz. Poucas pessoas realmente sabem de fato quem é o Everton. Da mesma forma eu conheço poucas pessoas a ponto de saber quem elas são sem nenhum tipo de proteção.

Gosto de fazer parte da vida das pessoas e não me contento com pouco. Se eu sinto que não faço parte eu nem me aproximo demais, porque já aprendi a “sentir” isso e não me iludir. Hoje eu sei que eu compartilho a minha vida com algumas pessoas que são as mais importantes pra mim. Mas mesmo entre as mais importantes tem aquelas que me conhecem até certo nível, e aquelas que me conhecem completamente.

E é engraçado porque quando a gente tem elevado nível de intimidade parece que conhecemos tão bem a pessoa que fica difícil conviver. Percebemos se a pessoa mente, se a pessoa esconde, se a pessoa está bem, se está mal. Mas por perceber não quer dizer que temos o direito de interferir, nem sempre a pessoa quer ou precisa de “ajuda”. E é ai que muitas vezes as coisas se complicam.

O legal é que conhecemos os defeitos da pessoa e gostamos dela mesmo assim.

Eu gosto tanto de algumas pessoas que eu gostaria de envelhecer junto com elas. Queria poder morar sempre perto e quando for bem velhinho visitar os amigos e ter conversas tão boas quanto as que te tenho hoje em dia. Dar boas risadas lembrando as coisas.

Espero que seja assim. Mas se por algum motivo não for, com certeza vou lembrar dessas pessoas e sentir muita saudade. Já sinto saudade agora só em pensar nisso.

O negócio é aproveitar as pessoas, aproveitar a presença delas! Porque as lembranças só vão existir no futuro se aproveitarmos o presente! E neste caso, tomara que estas pessoas continuem sempre fazendo parte do meu presente!


Ironia.

A ironia do tempo é que precisamos de vários anos para aprender a valorizar cada minuto que passa.

Abraço!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Controle

Nos últimos tempos eu estive observando algumas atitudes das pessoas e as minhas próprias. Não com intenção de julgar, mas com a idéia de aprender e tentar entender. Até porque a função de julgar é do juiz e não minha, e até o juiz toma como base os fatos e a lei, fora disso todos são livres pra fazer o que bem entenderem.

Enfim, percebi que temos uma mania chata de tentar controlar tudo. Queremos as coisas do nosso jeito e pronto. E queremos o controle sobre tudo e todos. É impressionante.

Bom, vamos admitir pessoal, não temos controle sobre coisa alguma, nem sobre a nossa própria vida. Estou vivo hoje e não posso dizer com certeza se estarei amanhã. Ninguém pode.

Se não controlamos a nossa própria vida, controlamos menos ainda as outras pessoas. Não adianta. Em qualquer tipo de relacionamento eu posso fazer a cena que quiser ou o joguinho que for e mesmo assim a pessoa só vai gostar de mim se ela decidir gostar de mim. Não adianta eu esperar que a pessoa vá gostar do que eu quero que ela goste ou que ela vá pensar e agir da forma como eu acho certo. Eu posso me iludir com a idéia de que estou no controle, mas não estou.

Já passaram pela minha vida pessoas que tentaram me agradar de todas as formas e mesmo assim eu não me apeguei a elas. Não sei dizer o motivo, simplesmente não me apeguei. Então imagino que possa acontecer o mesmo ao contrário. Eu posso me interessar por uma pessoa e me esforçar pra que ela goste de mim, mas ainda assim, a decisão será dela.

E é tão bom saber quando uma pessoa gosta de você sem que você tenha que ficar convencendo ela toda hora a gostar não é? Porque ai você pode ter certeza que é sincero. Foi uma decisão dela e só dela.

Hoje eu faço a minha parte, convivo bem e do meu jeito com as pessoas e deixo elas decidirem se gostam de mim ou não, da mesma forma que eu decido se gosto delas. Eu desisti definitivamente do controle. Acho que a filosofia do “O que tiver que ser, será!” combina muito mais comigo, e depois que comecei a pensar mais assim as coisas melhoraram na minha vida.

Não adianta se queixar, querer que as pessoas sejam do teu jeito, de uma forma ou de outra, o controle sobre elas não é teu e você vai estar gastando energia a toa, quando poderia estar usando pra coisas bem melhores!

E, além disso, querer ter controle sobre tudo torna a vida um tanto chata não?

Não estou dizendo que devemos ficar sentados esperando as coisas caírem no nosso colo, não é isso. Só quero dizer que você pode ter teus planos e lutar por eles, querer que as pessoas gostem de você, querer conquistar aquela pessoa especial, mas você também precisa saber quando é hora de simplesmente deixar rolar e ver o que acontece. E se não acontecer o que você esperava, bom... Nem tudo pode ser como queremos. Ou melhor, nem tudo deve ser como queremos!

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Eu gosto e pronto...

Eu gosto de panquecas.

Gosto do sol quando aparece de manhã.

Gosto do cheiro de café.

Gosto de olhar o mar no fim da tarde.

Gosto do barulho da chuva pra dormir.

Gosto de conversar até de madrugada.

Gosto de música baixinho.

Gosto de cafuné.

Gosto de acordar sem hora marcada.

E gosto de você!

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Abraço!