Tão criança a ponto de saber tudo...

Muitas mudanças nos últimos tempos. Algumas concretas, outras por enquanto só aqui na minha mente. Mudei até de blog. hahaha.

Eu nunca soube separar a minha vida em profissional, pessoal, social e sei lá mais o que. E nunca vou saber. A vida é uma coisa só poxa! Quando inventaram isso devia ser sei lá a revolução industrial ou algo do tipo.

Faz favor em... Vamos parar com essa viadagem! rsrsrs Todo mundo sabe que isso só funciona na teoria. Entendo que o trabalho exige responsabilidade, mas a “vida pessoal” também.

Enfim. Eu pedi demissão. Por vários motivos, não vou fazer a lista aqui, mas o principal é bem simples: Quero me sentir feliz trabalhando.

Eu não estava feliz, fazia um trabalho que não me agrada, então estou caindo fora. A vida está passando e não quero mais perder tempo com coisa que não faz sentido pra mim.

Outras mudanças nos relacionamentos.

Nos últimos tempos estou sendo bastante pressionado por outras pessoas e por mim mesmo pra que eu mude algumas atitudes minhas. Os amigos que me ajudam, eu sei que querem me ver bem, e eu reconheço isso e agradeço de coração pelas conversas e pela sinceridade. Eu sei das minhas limitações e venho evoluindo graças à ajuda de algumas pessoas, sou obrigado a admitir e agradecer. Conversei muito, pensei muito também e começo agora a chegar a algumas conclusões.

Mudei já algumas atitudes e isso me ajudou muito. Estou mudando mais algumas coisas que sei que eu posso mudar e vão ser boas pra mim. Mas não posso mudar tudo, se não onde vai parar o Everton?

Primeiro porque nem que eu queira vou conseguir por muito tempo e segundo que eu não quero, porque não faz sentido. Entendo que eu preciso mudar algumas coisas e que isso é normal se eu quiser conviver com as pessoas, mas não acho que eu precise mudar tanto. Não pra ser aceito.

Também reparei que eu não costumo pedir para as pessoas mudarem isso ou aquilo. Costumo aceitar o jeito delas. Raramente entrei em conflito com alguém por isso. Passei a vida me adaptando, me convencendo de que eu é que precisava mudar. Hoje eu sei que eu amo as pessoas que convivem comigo, não tenho dúvida disso, mas também sei que eu me amo o suficiente pra não me preocupar mais em mudar tanto assim a minha personalidade.

Se eu mudo algumas coisas é por gostar das pessoas, acreditar que vale a pena e por estar sentindo os resultados. Mas as duas partes precisam querer se adaptar, do contrário se torna submissão e não dura muito. Esse é o cuidado que eu preciso ter, não posso esquecer do Everton. Eu tenho uma história, tenho uma vida e tenho qualidades que me fazem assim.

Obviamente eu tenho vontade de me relacionar com as pessoas e vou fazer isso me adaptando, mas da mesma forma que eu procuro respeitar a individualidade dos outros, preciso respeitar a minha própria.

Eu não sou o dono da verdade, ainda vou mudar e sei que é importante, sei que posso melhorar sempre, estou só começando a vida, mas a minha essência é a mesma, e isso não muda. Vou mudar o que vale a pena ser mudado em mim.

Os normais que me desculpem...

Desculpem-me os normais se eu não sigo o padrão. Mas como eu poderia seguir se minha natureza já está fora dele?

Desculpa se eu não quero um terno e uma gravata. Se não me interessam os tablets e nem os cartões de crédito. Eu não quero um cartão de crédito ok?

Desculpa se eu não curto o facebook. Se eu não sou tagarela. Se o meu senso de humor é adulto.

Desculpa se eu não consigo passar nove horas do meu dia na mesma mesa. Se eu pedi demissão e você não consegue, apesar de querer muito. Eu também tive medo.

Desculpa se eu sou eu. Mesmo você achando que eu não deveria ser.

Desculpa mas agora eu vou ser feliz do meu jeito. Nada pessoal, cada um faz o que quiser não é verdade?

E o que querem os normais afinal de contas? Acho que querem que todos sejam “normais” também, assim eles não vão se sentir tão frustrados.

Quase sem querer - Legião urbana.

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você...

.......

É isso ai, post grande, mas eu tava um tempo sem escrever. Mudei o blog. Mas deixo ali do lado o link do antigo no Live Journal se alguém quiser ler os meus posts anteriores. Belê?

Falou! =*