domingo, 15 de novembro de 2015

Exceção

Como sempre, reflito, penso mais do que faço...

Tenho pensado nos meus planos para o futuro e ao fazer isso, comecei a pensar no passado, na criança que eu fui e depois no adolescente e bom... Eis que de repente me deparo com o momento presente e então começo a me questionar "porque eu quero isso mesmo? Porque quero aquilo? Eu quero isso?"

Parece que em algum momento entrei no piloto automático e deixei as circunstâncias e a rotina tomarem conta. Agora começo a lembrar dos meus verdadeiros anseios, do que eu realmente acho importante e o que EU realmente quero. 

Mas cair nesta armadilha não é difícil, afinal só temos o mundo todo conspirando para nos transformar em quem não somos. É a lavagem cerebral diária difundida e globalizada pelo consumismo que usa a nossa necessidade de sermos aceitos, e nos diz o que vestir, onde morar, para onde viajar, que tipo de corpo devemos exibir (e desejar), o que fazer com nosso tempo, qual transporte utilizar, quem namorar, como nos comportar etc.

É triste e eu não estou aqui dizendo que descobri como sair disso. Bom, é sobre isso que eu ando pensando e como disse antes, sou mais de pensar do que de fazer. rsrsrsr..

O fato é que somos seres sociais, mas também individuais. Não existe uma pessoa igual a outra e o desafio é conviver com a sociedade mas sem perder o que nos torna único e diferente.

Não tem como atendermos as expectativas das outras pessoas sempre. E também, me parece meio sem sentido ficar tentando isso. Mas como manter-se fiel a si mesmo, com tanta pressão para seguirmos por um determinado caminho? Esta é a questão que não quer calar. (pelo menos na minha cabeça agora) rsrsrs

Acho que são poucas as pessoas que tem coragem para ser quem realmente são, ou viver como realmente gostariam de viver, sem se preocupar com os julgamentos que com certeza viriam. Poucas mesmo.

Quem sabe depois da minha reflexão e quando eu estiver mais maduro sobre este assunto eu consigo ser uma destas poucas pessoas corajosas? haha

Então pra terminar deixo um trecho de uma carta escrita por Monteiro Lobato onde ele aconselha o escritor Godofredo Rangel:

"Você me pede um conselho e atrevidamente eu dou o Grande Conselho: seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos ou não somos coisa nenhuma. E para ser si mesmo é preciso um trabalho de mouro e uma vigilância incessante na defesa, porque tudo conspira para que sejamos meros números, carneiros de vários rebanhos - os rebanhos políticos, religiosos, estéticos. Há no mundo ódio à exceção - e ser si mesmo é ser exceção."

Abraço!
Everton








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